segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
VOLUME 01
VOLUME 01
Rodrigo = Liliana Mangá = Allard
Tenho buscado esse item por toda minha vida, já passei noites aterrorizantes lutando contra muitos inimigos que nunca tinha visto, noites em que a lua parecia vermelha como sangue, os dias de guerra também eram horríveis... Sendo uma raça de vampiros com poderes além do normal ainda não podíamos resistir ao sol, batalhando contra inimigos demônios e lobos, ou até mesmo outros vampiros...
E com o pouco tempo que tínhamos, eu e mais alguns poucos guerreiros nos preparamos para atacar outro clã de lobos...
Allard - Vamos... o castelo está bem a nossa frente.
Eu e o resto de meu clã estávamos aterrorizados com o ataque que iriamos sofrer, nós não cofiávamos totalmente em nossas defesas, nossos muros de madeira não aguentariam tanta pressão, erámos alvos fáceis para os vampiros durante a lua minguante, não podemos usar nossos poderes de lobo.
Eu me chamo Liliana, e não sou ainda uma loba completa, tenho apenas 19 anos, e a primeira transformação só ocorre aos 20 anos de idade.
Mas só faltavam apenas dois messes para que eu me transformasse.
Tudo o que me passava pela cabeça nesse momento era me esconder, juntamente com meu irmãozinho Eradan, estávamos em um porão subterrâneo, e achava que estava segura lá, mais estava enganada.
Meu grupo de vampiros vai entrando pelo castelo e o derramamento de sangue começa, a vantagem estava clara para o nosso lado, muitos iam morrendo rapidamente.
Eu sou Allard, um dos líderes de ataque do clã... Irei procurar em todos os cantos... Até encontrar o que quero.
Ao andar pelo castelo vendo todos aqueles “lobos” caídos no chão, um porão me chamava atenção, algo de meu interesse podia estar ali.
(Allard vai até a entrada do porão e a porta dupla começa a se mexer)
Eu ouvi que alguém estava se aproximando do meu porão, tapei a boca de Eradan e continuei lá escondida, mais não adiantou, o vampiro abriu a porta do porão onde estávamos e me puxou para fora.
Gritei por ajuda o mais algo que conseguia mais não obtive resposta, eu tinha que fazer alguma coisa, tinha que proteger meu irmão.
Fechei minha mão e cravei as unhas no rosto dele, fazendo um corte do olho até a boca. Ele ficou meio tonto, e aproveitei e peguei Eradan e saímos correndo da cabana que estava toda destruída.
Foi quando vi, não só apenas a cabana estava destruída, mais sim toda vila.
Todos que eu amava estavam mortos, só havia restado eu e Eradan. Corremos para fora do vilarejo até a floresta. Vi que o vampiro ainda nos seguia, então me adentrei a imensa mata que eu conhecia muito bem.
Aquela garota... é realmente esperta ao tentar correr pera mata, mas não adiantava fugir... eu sentia o cheiro de meu próprio sangue nas mãos dela. Eu corri muito e logo comecei a me aproximar deles, os dois estavam desesperados. Foi ai que pensei... por que eu ainda perseguia e matava até os que não podem me dar o que quero? Mesmo assim meu instinto não me deixava parar.
Partindo para cima dos dois derrubei a garota que me arranhou, o garoto olhando mais de longe não sabia o que fazer, em cima dela olhei bem para o seu rosto e me aproximei de seu pescoço, o sangue dela me parecia ter um gosto ótimo...
Liliana: Você não pode me morder! Se morder você morre! Eu já sou uma loba transformada!
Disse a ele, tentando fazê-lo acreditar, peguei uma pedra e bati com toda a Minha força da cabeça dele, ele caiu para o lado.
Não sei se o desmaiei, mais só sei que ele tinha um olhar diferente, tinha aquele olhar que Minha avó tanto flava. Será que ele era meu escolhido?
Eradan: Lilian, estou com medo.
Liliana: Fique calmo meu irmão, agora estamos a salvo.
Pegue a corda que estava segurando a pequena camiseta de meu irmão e amarrei as mãos do vampiro em uma arvore.
Logo, ele ia acordar, e não queria me arriscar, não tinha certeza se ele era o escolhido, mas mesmo assim, quis lhe dar uma chance.
Allard abre seus olhos sem demonstrar emoção alguma, ele olha bem para a mulher a sua frente, ela lhe interessava muito, tinha tanta vontade de viver.
Allard: E então... Acho que chegou a hora em que você me ataca, loba.
Liliana: Não somos como a sua raça, nos sabemos dar valor a nossa vida, e a vida dos outros, coisa que vocês vampiros devia fazer mais frequentemente. Por que vocês atacaram meu povo? Nós nunca fomos uma ameaça para vocês, então, me diga vampiro, para que massacrar um clã que só procura sobreviver a cada dia que se passa de modo pacífico?
Allard: Já não sei mais o porquê, vampiros vivem a muito tempo... Sempre foi assim, sempre os matamos e os clãs inimigos também... eu não ligo pra isso, mas não posso mudar todos e quem ligaria muito para mudar? Ninguém... não me importo mais também, mas você parece diferente... algo em você me chama muito atenção.
Liliana: Por isso é que nós lobos não conseguimos conviver com vocês vampiros, vocês são muito cabeças duras, não mudam de opinião até que seja tarde demais. E quanto a parecer diferente, ás vezes você nunca conversou com alguém que saiba dar valor a vida.
Me levantei e fui até Eradan.
Liliana: Vocês estão realmente mortos, seus corações não batem mais, e seus sentimentos também. Por isso eu nunca conseguiria conviver com um chupa-sangue como você.
Eu peguei Eradan e sai pela floresta atrás de alimento para mim e para meu irmão, e talvez para o vampiro.
Destruir aquelas cordas não era nada difícil, mas por algum motivo decidi a deixar viver, passar um tempo ali para fazer algum tipo de vista grossa... Foi essa minha decisão, encostado naquela arvore então fiquei por algum tempo.
Eradan: Ei irmã, aquele vampiro ainda vai nos caçar?
Liliana: Não sei meu irmão, mais mesmo assim temos que tomar bastante cuidado com ele. Vamos, me ajude a colher esses cogumelos, são comestíveis.
Colhemos todos os cogumelos que estavam por ali, a manha começou, e logo o que me veio à cabeça era o vampiro, se ele ficasse lá exposto ao sol ele morreria. Peguei um pouco de cogumelo e coloquei em uma espécie de bolsa que fiz com meu chalé.
Liliana: Bem Eradan, fique aqui, irei voltar lá e levar isso ao vampiro, se eu não voltar até de tarde, corra para o próximo clã de lobos que encontrar e fique por lá!
Eradan começou a chorar, e me pedir para ficar, eu realmente queria ficar lá com ele, queria o deixar seguro. Mas meu coração não permitia isso, ele me mandava voltar, e dar alimento ao vampiro, tive ser forte e gritar com Eradan.
Liliana: Você me ouviu! Você já é crescido! Já sabe onde fica o próximo clã, então faça o que mandei!
Ele se assustou um pouco e sentou no tronco de uma arvore e la ficou.
Voltei para onde estava o vampiro e o encontrei debaixo de uma arvore, onde o sol não batia.
Liliana: Trouxe alimento para você, sei que não é o que você costuma comer, mais isso evitará que você não morra de fome.
Allard olha para o que a mulher trouxe para ele.
Allard: Nunca comi comida comum, sempre vivi somente de sangue... por que você voltou? Pensei que iriam embora.
Allard se aproxima mais dela.
Liliana: Como disse, dou valor a vida Minha e a dos outros, se deixasse você aqui, morreria de fome, e isso seria Minha culpa, e eu não conseguiria viver com esse peso. Vamos, coma o que te dei e me siga. Mas antes! Você vai ter que me jurar uma coisa! NUNCA TOQUE EM MEU IRMÃO! SE NÃO IREI TE MATAR! Você promete?
Ao me aproximar dela coloquei as mãos em seu ombro e passei para seu pescoço, algo naquela garota me chamava muita atenção... afinal o que ela tem de diferente?
Allard: Meu nome é Allard, obrigado... mas nós vampiros conseguimos ficar sem uma refeição por muito tempo. Eu não me importo em deixar você e seu irmão viverem.
Liliana: Vocês podem viver uns dias sem comida, mais mesmo assim ainda precisam estar em um local onde a luz do sol não bata! Eu e meu irmão estamos em um local perto daqui, e lá está repleto de sombra, um lugar que você não vai ser tocado pelo sol, pelo menos não tanto quanto aqui. Afinal, meu nome é Liliana. Agora vamos.
Aproximo-me do pescoço de Liliana a cheirando...
Allard: tudo bem, obrigado.
Decido então a seguir por enquanto, quem sabe algo de interessante aconteça.
Caminhei até onde eu e meu irmão estava meu irmão ficou feliz ou me ver e me deu um forte abraço.
Eradan: Achei que nunca mais iria te ver Minha irmã!
Ele disse ainda chorando, mas sua expressão mudou quando viu que Allard estava comigo.
Eradan: Irmã, por que este vampiro esta aqui conosco?
Liliana: Ele vai ficar aqui até anoitecer, ai ele poderá ir embora.
Virei-me para o vampiro que já tinha se acomodado em baixo de uma sombra, e o perguntei.
Liliana: Allard, acho que acertei. Mais enfim, onde fica seu povo? Muito longe daqui?
Allard : Meu povo provavelmente passara a noite no castelo onde vocês viviam, mas temos um castelo fixo em outro local... essa informação não posso te dar, a nossa localização sempre tem de ser secreta a todos.
Em baixo daquela sombra me sentei, fazia tempo que não passava algum tempo para descansar... nunca paro com as guerras, qual seria a reação dessa garota
se soubesse quantos dela já matei... me pergunto...
Allard: então você já pode se transformar? Quantos anos você tem garota?
Liliana: Não quero falar sobre isso! Isso não lhe convém!
Fiquei com medo de que ele soubesse que ainda tenho 19 anos e que ainda não posso me transformar, se ele ficar sabendo disso, é bem provável que irá se aproveitar da situação e matar a mim e ao meu irmão.
Virei de costas para ele e disse:
Liliana: Vocês realmente não ligam para os outros, isso me magoa profundamente.
Eradan subiu em cima de uma árvore para poder descansar, um lugar que era estrategicamente muito bom para não ser atacado pelo vampiro.
Eu também subi na árvore, e lá, eu e meu irmão descansávamos o corpo para poder procurar um abrigo logo que descansássemos.
Allard: Entendo...
Eu já imaginava o que estava acontecendo ali, ela tem medo que eu a mate... mas sempre ao tocar no assunto de idade ela se alarma, me esconde algo? talvez ainda não possa se transformar... bom, decidi parar de pensar um pouco sobre essas coisas e me encostei em baixo de uma arvore para esperar o anoitecer.
Logo após acordar de um breve sonho, olhei do topo da arvore nosso clã, nosso antigo clã, estava em chamas, via-se de longe a fumaça subindo.
Fiquei muito Triste com aquilo, pensei em tudo que avia vivido e aprendido ali, mais, agora não podia olhar para traz, tinha que seguir em frente.
Foi quando vi outro ponto na floresta que soltava fumaça, era o clã vizinho! Também fora atacado! Fiquei realmente assustada, e sem saber o que fazer. Aquele era o único clã lobo que se encontrava perto de onde estávamos os outros eram muito longe!
Enquanto eu pensava no que fazia dali para frente, vi um eremita todo coberto de pano andando pelo caminho até meu clã. Talvez ele soubesse se tem um abrigo para mim e meu irmão. Desci da arvore falando para meu irmão.
Liliana: Fique aqui meu irmão, irei ver algo na estrada, mas por segurança, fique em baixo da luz do sol, lá ele não poderá te atacar.
Eradan me obedeceu, e eu fui até a estrada conversar com o eremita que vi.
Levanto-me ao sentir o cheiro de sangue mais forte, é claro... o ataque ainda estava acontecendo, muitos lobos devem ter morrido... ao olhar para a arvore a garota não estava mais lá, por que sairia andando por ai com tanto perigo em volta? Fui até o menino, irmão de Liliana.
Allard: Onde está sua irmã? o clã de vampiros está bem perto, ela não devia ficar andando por ai.
Caminhei até a estrada onde o eremita andava indo atrás dele eu gritei;
Liliana: Ei! Senhor espere um momento, preciso de uma informação!
Ele continuou andando, e pareceu que nem tinha me ouvido. Cheguei mais perto dele e disse:
Liliana: Ei senhor, o senhor sabe onde está o clã lobo mais próximo daqui?
Ele ficou lá, parado, quando ele me virou me assustei. Seus olhos vermelhos duas presas enormes em sua boca. Ele era um vampiro, isso explica o tanto de tecidos por cima dele! Ele me agarrou pelo braço. Foi quando eu gritei:
Liliana: Socorro! Socorro! Ajude-me! Eradan corra! Não fique mais aqui! Vá para longe!
Quando olhei para o alto da estrada, vi um exercido de vampiros com seus cavalos andando em Minha direção, todos estavam completamente cobertos e armados com lanças e espadas. Fiquei muito assustada, não conseguia me livrar daquele eremita, pensei que aquela era realmente Minha hora de morrer.
Os gritos de Liliana estavam longe, mas conseguia os escutar perfeitamente, eu sabia... ela não devia ter saido sozinha.
Olhei para o garoto e disse bem claramente pra ele ficar, não sair dali, pois podia ser pior... prometi voltar para busca-lo, não sei se ele me escutaria, mas com certeza era o melhor a se fazer.
Quando me dei conta já estava correndo e usando meus poderes para chegar até ela, não sei porque fazia isso... mas eu ia salvar ela, já tinha me decidido... iria matar um de meus aliados.
Cheguei até eles, um vampiro a segurava, não pude me conter, logo estava em cima dele batendo sem me segurar, o sangue dele ficava em minhas mãos.
Liliana tinha ficado mais ao lado, devia estar só olhando o que acontecia... depois de um tempo me levantei soltando o vampiro que já não podia mais se mexer.
Allard: Vamos... eles vão sentir todo esse cheiro de sangue, precisamos fugir.
Fiquei realmente assustada com o que estava acontecendo, mais não por que estava prestes a morrer, e Sim por que tinha acabado de ter sido salva por um vampiro! Ele pegou em Minha mão e me puxou novamente para floresta. Gritei por Eradan que saiu debaixo de uma grande árvore, agarrei seu braço e continuamos correndo para dentro da floresta.
Liliana: Para onde vamos?
Eu olhava para ela, é claro... depois disso não sobreviveriamos só fugindo, não sabia o que dizer, eram muitos e se eu continuar correndo na mesma velocidade que eles logo seremos pegos.
Allard: Eu acho que vocês deviam ir para um lugar bem aberto onde tenha muito sol... pelo menos por algum tempo.
Liliana: Mas e você? Para onde você vai? Não posso abandonar você, não depois do que fez! Levarei Eradan para um lugar seguro e te ajudarei no que for preciso!
Chegamos em uma clareira, Allard nao se aproximou muito por causa da luz, falei para Eradan ficar bem no meio da luz, mas, foi quando me lembrei
Liliana: Isso nao vai adiantar Allard. Eles estão todos com armaduras, elas cobrem todos eles impedindo que o sol os queime, eles poderão nos atacar mesmo estando da luz. Precisamos de um plano rápido!
Allard : Vou precisar que confiem em mim... Terão que servir de isca, irão se separar mas não ficar tão longe um do outro, eles também irão se separar... eu conheço o modo que agem, então quando estiverem sozinhos tentarei me livrar de um por vez, tentem ficar um pouco longe deles sempre, entendeu?
Liliana: Entendido! Vamos Eradan!
Peguei Eradan e me afastei um pouco de Allard.
Cheguei a um lugar que estava longe deles, olhei para Eradan e disse:
Liliana: Você ouviu o Allard, temos que nos separar, mais não fique muito longe de mim, e algo acontecer me grite!
Ele balançou a cabeça e correu para o outro lado de onde estávamos. Fiz o mesmo, e lá ficamos esperando a próxima ordem de Allard.
Fiquei observando escondido, como pensei... mesmo sendo um grupo vampiros são muito individuais, logo eles começaram a se separar e foi ai que comecei a atacar silenciosamente, o primeiro tive q ir atrás dele e quebrar seu pescoço, mais fácil do que pensei, continuei a atacar escondido contra alguns tive que lutar... sempre evitando o máximo de barulho possível.
Faltavam só 2 então, cada um foi atacar a uma vitima... sozinho não poderei salvar os dois, vou contar com Liliana para sobreviver mais um pouco, sei que ela não desistira, corri atrás do vampiro que ia até o garoto e comecei a lutar.
Eu estava aterrorizada! Não via mais meu irmão, estava com medo de que uns dos vampiros mate ele. Ouvi passos se aproximando de mim, quando olhei para a escuridão, vi um dos vampiros vindo atrás de mim, corri desesperada pela floresta, mais vi que ela era bem mais rápido do que eu, não tinha outra escolha, a não ser, eu mesma tinha que o matar.
Eu peguei uma pedra e o ameacei:
Liliana: Vocês vampiros se acham muito espertos! Mais no fundo, não passam de cadáveres ambulantes!
Dava para ver a raiva no pouco rosto que estava para fora da armadura do homem.
Ele correu ate mim que bati com toda minha força a pedra na cabeça dele, ele ficou meio atordoado com a pancada, aproveitei e bati a pedra em seu joelho.
Ele caiu com tudo no chão, mas isso não foi o bastante para acabar com aquele vampiro, ele agarrou meu pé e me mordeu na panturrilha. Gritei de dor e cai no chão, ele subiu em cima de mim pegando a espada. Ele estava preparado para me matar.
Voltando o mais rápido com o garoto em meu colo após matar mais um dos vampiros... vejo Liliana prestes a ser morta por outro, larguei o garoto no chão e corri o mais rápido q pude, entrei no meio segurando a espada, ela cortava minha mão e meu sangue caia sobre Liliana, empurrei o vampiro que caiu no chão... já não conseguia enxergar direito, estava exausto,
fui pra cima dele e comecei a fincar a espada em seu peito varias vezes.
Cortei ele o máximo que pude, não sabia se já estava morto... mas comecei a apagar, meus olhos iam se fechando e eu caia no chão, será que consegui salva-los pelo menos?
Vi Allard cair no chão, em cima do vampiro que estava morto, eu corri ate ele preocupada, tirei seu corpo exausto de cima do morto. Ele avia desmaiado, eu sabia o que ele precisava, ele... precisava de sangue.
Peguei uma lasca de pedra muito afiada que encontrei no chão da floresta e fiz um pequeno corte na Minha mão, levei até a boca dele, mais não encostei-me a seus lábios pois, sabia que o vírus vampírico iria ser passado para mim e eu morreria.
Pinguei gostas de meu sangue na boca dele e o levei de volta ao "acampamento" improvisado de folhas e galhos que meu irmão fez, e lá ficamos até a noite cair.
Abri meus olhos devagar, mas ainda me sentia fraco... ainda sem conseguir enxergar muita coisa.
Allard: Onde estou?
Eradan: Calma, você está salvo aqui comigo e com minha irmã. Ela levou suas roupas para lavar no rio, então nem pense em sair debaixo destas cobertas!
Esse garoto querendo me dar ordens... maldito, mas realmente não conseguia me mover muito, melhor ficar quieto.
Allard: Sua irmã está bem?
Eradan: Sim, ela esta bem, como disse, esta no rio lavando suas roupas e costurando Minha camiseta, estava realmente um desastre.
Mais me diga, por que você ainda não nos matou? Por que você deixou eu e minha irmã viver?
Allard: Ainda estou me perguntando isso garoto, não sei o motivo.
Entrei na cabana e vi meu irmão conversando com Allard.
Liliana: Ei, disse para você ir dormir, amanhã será um longo dia.
Eradan como sempre me obedeceu, deitou do outro lado da cabana e dormiu.
Liliana: Aqui estão suas roupas, você já consegue se mover?
Ela estava bem... não sabia o que estava sentindo, seria felicidade? mas sabia que vampiros não podiam sentir nada assim, fiquei olhando para o rosto dela.
Allard: consigo me mover um pouco... e você está bem, que bom.
Estiquei minha mão e peguei a de Liliana, era tão quente... por algum motivo aproximei e beijei a mão dela.
Dei um pequeno grito de dor, ele avia apertado minha mão que tinha feito um corte para alimenta-lo, retirei minha mão e lhe entreguei a roupa.
Liliana: Sim, eu estou bem. Pode se trocar aqui mesmo, não precisa se envergonhar, eu era curandeira lá do meu clã e já estou acostumada a ver homens sem roupa. Continuei mexendo o peixe que eu assava na fogueira que fiz enquanto Allard dormia.
Allard: O problema é que ainda não consigo me mover completamente... terei que ficar assim mesmo por enquanto, ou você terá que me ajudar.
Liliana: Não se aproveite da minha boa vontade vampiro, sei que você já pode se mover, se não pudesse, não tinha se levantado para beijar minha mão. Se não quer se trocar, ótimo, não se troque mais também não poderá sair debaixo destes cobertores de folha de palmeiras.
Allard - Tem nome isso... Ingratidão.
Troquei-me sozinho mesmo fazendo algum esforço e fiquei olhando para ela enquanto preparava o peixe.
Liliana: Vocês vampiros só se alimentam de sangue mesmo? Digo se comerem outras coisas seus corpos rejeitam?
Allard - Se comermos outra coisa, não faz diferença... não mata minha fome.
Levantei e tirei o peixe da fogueira, enrolei o uns pedaços em minha cesta de chalé, juntamente com os cogumelos que colhi e foi dormir.
Liliana: Não conheço você, mais conheço sua espécie, sei que não gostam de caçar presas fáceis, por isso, vou dormir com meu irmão, não tente fazer nada, meu sono é leve e acordarei com um mínimo movimento brusco que você der. Vê essa estaca.
Eu a fiz enquanto você dormia então, não se atreva a nada, ou morrerá.
Deitei-me ao lado do meu irmão com a estaca na mão, o envolvi em meus braços e fui dormir.
Ela realmente às vezes me deixa com vontade de mata-la, me deitei novamente e fui dormir também...
O tempo passa e o sol começa a voltar, entrando por uma fresta da cabana, acordei e fui para um canto e fiquei os olhando dormir.
Acordei-me com o movimento brusco dele, olhei para o lado o vi todo encolhido no canto da cabana. Dei uma pequena risada, como um ser que esta no topo da cadeia alimentar pode morrer se levar um Simples toque de um fecho de luz. Levantei-me e ajeitei a cabana fechando o buraquinho que deixada a luz penetrar.
Liliana: Pronto vampirão, não precisa mais se recolher todo ai!
Allard - O sol me deixa mais fraco, mas com o tempo pode matar... não posso me dar ao luxo de perder forcas se for para proteger vocês dois.
Liliana: É sobre isso mesmo que iria falar com você.
Tirei a espada que avia pegado do vampiro que mate lá traz do meio de folhas e mostrei a Allard.
Liliana: Se você é um guerreiro, obviamente você sabe lutar com espadas, não quero sempre depender de você, logo iremos nos separar, e eu preciso saber proteger eu e meu irmão. Então, pensando nisso, te peço que me ensine a lutar com espadas.
Levantei me aproximando de Liliana, passei a mão acariciando o rosto dela e perguntei
Allard - O que ganho se te ensinar?
Por mais que eu sabia que ele era perigoso, não conseguia me afastar dele naquele momento, foi quando olhei seu rosto, esse tempo todo não tinha parado para ver como era sua aparência, ele era realmente lindo, seus olhos vermelhos me encantavam. Mas, não podia fazer aquilo, ele era um vampiro, e eu uma loba, por isso nunca pode haver nada entre nós. Afastei-me de disse.
Liliana: Apenas Minha gratidão, nada mais.
Peguei a espada e sai da cabana, e lá fiquei esperando por ele.
Com certeza não era isso que eu queria ouvir dela, mas vou aceitar isso por enquanto, sai da cabana atrás dela.
Allard - Se você aprender a lutar com uma espada vai ser bom... Pode me atacar do jeito que achar melhor, vamos ver o que tem a melhorar, e então te ensinarei algumas coisas.
Liliana: Se é isso que você quer...
Corri para cima de Allard com Minha espada, tentei primeiro Cortar seu braço, ele desviou com facilidade, aproveitei que ele estava do meu lado e tentei atingir sua perna, mas ele tambem desviou, e foi assim durante todos os golpes que tentei dar nele.
Fiquei cansada de tanto tentar e nada conseguir, então, no meu ultimo golpe ele me deu uma rasteira que me derrubou no chão. Mais fui rápida e o levei junto comigo para o chão, ele caiu em cima de mim.
Allard - Cansou?
Fiquei olhando bem pra ela por um tempo, e peguei a espada da mão dela.
Allard - Vem, vou te mostrar... Quando se usa uma espada use movimentos mais leves, se continuar assim só ira se cansar.
Comecei a mostrar alguns movimentos pra ela.
Allard - Se tivéssemos outra espada te ensinaria mais facilmente.
Infelizmente não tinha outra espada, foi quando me lembrei do ataque, ele invadindo Minha casa, tentando me matar, naquele momento a raiva subiu em mim. Lembrei-me do corte que havia feito em seu rosto, e que agora nem deixara rastros.
Com raiva o deixei falando sozinho e me adentrei na floresta, vi que ele não entendeu os meus motivos de sair dali, mas, ele não precisava intender, eu só queria um tempo sozinha.
Essa mulher esta me irritando... mesmo fazendo o que ela quer, só fica reagindo de jeito estranho.
Finquei a espada no chão, e fui caçar alguns animais, já não dava pra ficar sentindo toda aquela sede por sangue.
Sentei-me perto do rio e comecei a olhar para a água, vendo o meu reflexo.
Liliana: A quem eu quero enganar, eu não consigo nem empunhar uma espada direito, não conseguirei proteger Eradan de nenhum outro ser, eu não estou preparada para isso. O que eu faço agora.
Eradan: Tente apenas ficar calma irmãzinha. Eu já sou praticamente um homem!
Olhei para traz e vi Eradan saindo da floresta e se sentando do meu lado no lago. Dei uma risada com o que disse e falei:
Liliana: Você tem apenas sete anos Eradan, ainda é uma criança.
Eradan: Não sou não! Já sei cuidar de mim mesmo!
Ele disse me jogando água no rosto, eu o joguei dentro do rio. Ele começou a dar sua risada que não ouvia desde o ataque no clã.
Liliana: Ei, vamos aproveitar que estamos aqui e vamos tomar um banho!
Tirei Minha roupa e a roupa recém-lavada de Eradan, coloquei na beira do lago e mergulhei.
Matei alguns animais e acabei com minha sede por sangue, comecei a andar pela floresta para procurar Liliana... foi quando ouvi alguns barulhos vindo de um lago e decidi ver quem estava lá.
Eradan: Ei Lili, será que vamos encontrar outro clã que nos aceite?
Liliana: Claro que vamos Eradan, por que não iriam nos aceitar?
Eradan: Sei lá, só tenho medo de que...
Liliana: Oras, não pense bobeiras menino, vamos encontrar um clã, ser aceitos e ainda sermos muito felizes! Agora vamos, termine de lavar sua orelha que eu vou buscar algo para nos secar.
Sai do lago e caminhei até um arbusto, arranquei várias folhas dele e coloquei perto de Eradan.
Liliana: Vamos Eradan, seque-se e vamos voltar para o acampamento.
Em meio a todos aqueles outros arbustos atrás do rio, vi olhos lá, sabia que era Allard, mais nada fiz. Já estávamos acostumados a tomar banhos em grupos de crianças e outras jovens como eu, então por isso não fiquei com Vergonha.
Coloquei Minha roupa e vesti Eradan e voltamos para o acampamento.
Voltei logo atrás deles, eram muito descuidados e despreocupados, tenho q prestar muita atenção ou podem acabar sendo mortos por algum inimigo.
Cheguei ao acampamento logo depois deles.
Allard - Vocês pensam em ir pra onde? Não vamos ficar aqui o tempo todo, é claro.
Olhei para traz e vi que Allard estava perto de nós. Não quis falar nada sobre ele ter me espiado, então, simplesmente respondi a pergunta dele.
Liliana: Iremos para qualquer outro clã lobo que nos aceite.
Allard - Hum... voltarei para meu clã de vampiros, acho que não chegou nenhuma informação a eles de que matei aliados.
Liliana: Mais como eles saberão que foi você vampiro, se você matou todos os que te viram?
Allard -Sim, por isso acho que ainda não sabem.
Eu pensei comigo, será que devia perguntar a ele sobre aquilo? Ou era melhor não? Bem, depois de pensar um pouco criei coragem e perguntei:
Liliana: Quando você entrou em minha casa, você disse que estava procurando algo. Bem, você não disse, mais pude ver em seus olhos que você procurava algo lá. O que era?
Allard - E um objeto... uma lembrança minha de muitos anos atrás, mas isso não importa agora, depois voltarei a procurar.
Liliana: Tudo bem então, vou preparar as coisas para podermos ir dormir, amanha, eu e meu irmão iremos procurar abrigo. Esta pode ser nossa última noite juntos.
Entrei na cabana e deixei Allard lá fora, deitei ao lado de meu irmão que não adormecera ainda. Ele me pediu:
Eradan: Lili me conte uma historia para eu dormir? Não estou conseguindo pegar no sono esta noite.
Liliana: Tudo bem meu irmãozinho, se acomode que eu irei lhe contar um história.
Me sentei um pouco, não queria atrapalhar os dois, mas só iria esperar o garoto dormir, ainda tinha algo a falar para Liliana.
Liliana: No Rio Azul um pouco abaixo do rio Gurupi existe uma grande pedra negra. Os barcos dos índios nunca passam à noite próximos a ela. Esta pedra tem uma grande caverna. Dizem que antigamente existiu uma cidade nesse lugar e o mar cobriu tudo, ficando só a ponta da pedra de fora. À noite se ouvem sons de instrumentos de música e até repiques de sino sair da pedra.
A cada parte da história que contava para Eradan, seus olhos brilhavam.
Liliana: Dizem que esta cidade era encantada, e que só as pessoas dignas e puras conseguiriam entrar novamente na cidade.
Ninguém nunca contou como ela é, e também não se sabe se alguém a encontrou. Mas, se nossa Deusa fez todo esse mundo com tantos perigos, por que ela não iria fazer um lugar para os puros descansarem, se você for realmente puro meu irmão, quem sabe um dia você encontre a entrada para a Cidade Encantada?
Quando olhei para Eradan ele já estava dormindo, eu o cobri com o cobertor de palmeira e sai da cabana para olhar a lua.
Allard - A historia ate que não e ruim... mas a verdadeira e a seguinte...
Comecei a andar em volta de Liliana.
Allard - Na tal cidade encantada, era onde viviam varias espécies, o que quero dizer é... lá viviam humanos, vampiros, lobos, clãs de mestiços e vários outros... mas um dia começou uma certa guerra entre as raças, todos começaram a se matar e então de vez o mar cobrir a ilha, foi a ilha que afundou com todas as pessoas que nela viviam... o que acha?
Dei uma risada da versão de Allard sobre a historia. É bem a cara da raça dele.
Liliana: E você quer que eu conte isso para uma criança de sete anos?
Deitei no chão para olhas as estrelas
Liliana: Diga-me, Allard, como as pessoas convivem eu seu clã?
Allard - Ah.. Mas tem que contar historia desse tipo pro garoto, assim ele crescera conhecendo o perigo.
Deitei no chão bem ao lado dela.
Allard - Como convivemos.... posso dizer que já conversei mais com você e com seu irmão do que com as pessoas de meu clã, vampiros não são muito ameigáveis, deve saber disso.
Liliana: Sei... Sua vida lá então não deve ter um objetivo, vocês só matam por diversão e se alimentarem, isso não é um estilo de vida que geralmente um ser vivo gosta.
Olhei para o lado e vi que ele se incomodou e ouvir aquela palavra. Vivo. Coisa que os vampiros deixaram de ser a muito tempo.
Liliana: É... me desculpe por disser aquilo, digo..
Ele me interrompeu dizendo:
Allard - Alguns se consideram já mortos, já os mais novos acham que estão vivendo a melhor parte da sua vida, e os que já vivem há muito tempo não tem objetivo algum... O pior é não ter objetivo para se sentir vivo, e para isso basta ter um motivo para viver ou lutar algo que você sempre quis encontrar... ou alguém que você quer muito proteger, e continuar vivo para poder ver seu rosto novamente.
Pego na mão de Liliana
Allard - Entende?
Eu sabia muito bem do que Allard falava mais eu não podia ceder, ele é um vampiro! Nossas raças sempre foram inimigas, e se eu me apaixonasse por um vampiro, não seria aceita em nenhum outro clã, tinha que pensar em Eradan. Devagar tirei Minha mão que ele segurava e disse:
Liliana: Eu entendo o que quer disser. Nós, lobos vivemos muito, mais não a eternidade toda como vocês. E todos nós fomos criados para o destino. O destino que nos move até onde devemos ir às vezes ele prega umas pesas em nossos corações...
Olhei para Allard nesse momento, mais continuei.
Liliana: ... Mas devemos ser fortes e superar todas as pesas pregadas e obstáculos colocados.
Olhei para o céu estrelado e vi que já estávamos em plena lua nova, logo a lua cheia chegara e eu não me transformei. Allard vai saber que não sou uma loba transformada e irá nos atacar.
Liliana: Você tem família lá no seu clã Allard? Alguém que queria proteger.
Allard - Não... mas achei q você entenderia um pouco melhor o que eu disse Liliana.
Levantei-me do chão olhando para o nada, já estava cansado de tentar e ela sempre se afastar quando chego perto, não sabia mais o que pensava e porque me esforcei tanto por ela.
Liliana: Ei! Espere Allard! Eu... eu entendi muito bem o que quis dizer.
Disse me levantando do chão
Allard - Sim? Mas não me da nenhum tipo de resposta.
Liliana: E que tipo de resposta você gostaria que eu lhe desse? Olha só Allard! Somos completamente diferentes, eu sou uma loba, e você um vampiro, isso nunca poderia dar certo! Nunca seriamos aceitos!
Allard - Você mesma disse que depois dessa noite talvez nunca mais nos veremos... então achei que poderia aceitar algo de mim.
Aproximo-me novamente dela, tentar convencer alguém assim nunca foi tão difícil... o que tem de errado afinal?
Allard - Eu já sabia de você ainda não ter a idade... estive pensando nisso, estou decidido a não te matar entendeu? Mas logo te darei um adeus, pois tenho que ir enquanto ainda esta escura.
Insistir demais também não vai dar certo, não quero assusta-la... talvez seja melhor ir embora logo e deixa-los em paz, começo a olhar para o rosto dela com muita atenção... assim talvez grave na memoria por algum tempo.
Eu não sabia o que fazer! Como ele descobriu sobre a Minha idade? E como eu diria não a ele, eu estava realmente gostando dele, e Minha avó estava certa, quando Minha alma gêmea chegasse, eu saberia que ela era só de olhar nos olhos. Eu não sabia o que falar para ele. Mas também não podia deixar Eradan sem um lar, então me decidi.
Liliana: Desculpe-me Allard, mas não posso fazer isso com Eradan, ele precisa de um lar, e se nós dois estivermos juntos eu nunca acharia um clã que aceite nós dois como um casal. Como disse, o destino prega pesas de vez enquanto, e nós temos que supera-las. Você vai esta noite embora, mais sei que algum dia iremos nos ver novamente, então, tchau Allard.
Dei um beijo em sua testa e entrei na cabana. Essa foi uma das decisões mais difíceis que já tomei em toda minha vida. Mas eu sei que tomei o caminho certo. Deitei-me perto de Eradan e lá fiquei.
Pra mim ainda não foi o suficiente... não queria que acabasse só assim, mas se foi o que ela decidiu acho que não tinha muito o que fazer ali mais.
Virei-me, estava sentindo algo novamente, não sabia descrever... novamente outro sentimento? Vampiros não tem isso...
Fechei os olhos e abri de novo tentando despertar desse sonho besta que tive por um tempo, retornar ao ódio era meu caminho agora.
Então sai dali sem olhar para trás novamente.
Autores:Manga e Rodrigo.
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